Organização altera duas etapas do Dakar por razões de segurança
A 10ª e 11ª etapas do Rali Lisboa-DaKar, previstas para a Mauritânia e o Mali, foram alteradas depois do Ministério das Relações Exteriores francês ter aconselhado a organização a fazê-lo.
O percurso destas duas etapas, de Nema (Mauritânia) a Tombouctou (Mali) e a outra no sentido inverso, programadas para 16 e 17 de Janeiro, atravessava uma zona de risco entre o leste da Mauritânia e o norte do Mali.
A 13 de Novembro, os serviços secretos franceses avisaram o governo português que o Grupo Salafista para a Prédica e Combate (GSPC) fez ameaças à caravana do Lisboa-Dakar e sugeriram uma mudança do percurso nas etapas que passavam na zona onde actua aquele que é o único grupo islamista argelino armado ainda activo depois de desfeito o GIA.
No dia seguinte, o Ministério das Relações Exteriores português reconheceu que uma parte do percurso da edição 2007 do mais importante rali do Mundo passava em regiões de segurança "incerta".
A 10ª etapa será substituída por uma outra ao redor de Nema, que prevê um percurso cronometrado de 376 quilómetros.
A 17 de Janeiro, os concorrentes terão que percorrer apenas 280 quilómetros até Ayoun-el-Atrous, onde será dada a partida da 12 ª Etapa em direção a Kayes, já no Mali.
Os organizadores afirmam que se comprometeram "a seguir as recomendações do Ministério" e que "decidiram anular as etapas Nema-Tombouctou e Tombouctou-Nema".
A prova que é organizada, em Portugal, pela empresa João Lagos Sport, começa em Belém (Lisboa) a 6 de Janeiro, com uma etapa que vai até Portimão, de onde a caravana parte no dia seguinte, em direcção a Málaga (Espanha), para fazer a segunda etapa, que não tem a presença dos camiões.
Por João Miguel Pereira, jornalista "Sport Blog"
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